segunda-feira, 6 de abril de 2020

Jambu

"Estranho. inefável. Incomum.
 Um personagem de filme noir...
Que a observa!
Lê nas entrelinhas histórias furtivas. Dela! 
E agora sua. 
Sua enquanto houver chuva!
Ah, essas belas figuras marginais que se deleitam entre gozo e sangue.
Que ousam sonhar separados , enquanto os contos os querem atados.
Desfaçam dos seus pecados. Pecados?
A gula por luxúria.
A gélida solidão!
Seres libertos não viram estátua de sal... 
E sim, Beijam no verão!"
 
 
 

domingo, 2 de junho de 2013

Honey , Honey...

Houve alguns imprevistos que me levaram a atrasar...
Tentei fugir, corri por um longo caminho... Mas nunca se pode fugir do que se quer, não é?
Fugas despropositadas só levavam a seus ombros largos que resguardava-me de mim mesma.

Uma tarde enquanto dobrava a esquina de um lugar que não precisava deixar, você disse: - Não deveria ter medo de ser feliz.

Como se eu pudesse entender o motivo irracional de negar o frio e a necessidade de estar nos seus braços!

E a felicidade é tão aterrorizante assim? De onde se tira essa ideia?, eu me pergunto.

-É difícil parar de encontrar desculpas esfarrapadas pra não se apaixonar,senhorita? Você novamente indaga nos meus sonhos.

-A gente cansa do frio. Te digo tremendo.
Dessa vez não haverá advertência, medos e piscinas vazias que me façam fugir.

-Aprenda. A vida é assim!

Então se prepare.Demorei mas agora estou bem aqui.


quarta-feira, 4 de abril de 2012

Vernice a me ...



Entre meus lápis de cor da realidade infantil dos meus poucos anos ,pude sentir que irias ser mais que um borrão.
Desenhei-te no meu futuro bem mais nítido que casinha amarela de telhado desbotado, mais legítimo que humildes florzinhas com suas poucas pétalas, mais sincero que o colorido do vestido!
Iria passar como um sopro, deixando resquícios...

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Montauk


Deixe-me ir a Montauk

Lá as gaivotas me esperam


Observe-me em Montauk

Lá escrevo o invisível.


Ama-me em Montauk

Pois busco o homizio.


Sinta-me

Aqueça-me

Resguarde-me

E novamente

Deixe-me para

Encontrar-me em Montauk.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Egolessness



Lá vai ele com suas vestes ao longo do corpo tocando o vento. O ouço mais uma vez como antes, como nos meus sonhos... Um ruído tão distante, mas que, paradoxalmente, me permite tocá-lo. Ele se despede e fala-me com emoção: - Egolessness.

A procura...

Em busca de uma realidade palpável para sua imaginação. Ele não se encontra mais perdido em orbes metafísicos.

Onde ele queria chegar era utopia. Intocável? Nulo? Nulo para quem?

Não para aquele que dança com a melancolia e vive a contar piadas para a dor.

Ele segue com pés enterrados no solo e asas na lua.

Como um guerreiro em busca de uma batalha.Como um herói em busca da sua insígnia.

A legítima trilha, Andarilho.

Deixe-me suas asas que abençôo seu caminho.

sábado, 19 de março de 2011

Garota da Vitrine



Surge entre tempestade e ventanias, aquela que vestida com luvas de aço permanece imune a ruína de toda uma alma.

Ela supôs tragédias antecipando insígnias e derrotas.

Desavisadamente despontou em meio ao naufrágio dos outros.

Sobreviveu como antes, como no passado alheio.

Alheio a quem não vê.

Tragédia é seu sobrenome.

Pois nascida dentre lamúrias, aprendeu e não deslumbra o sol que não conhece.

Fascina-se com a escuridão já amiga.

Quem é Deus para mudar sua sina.

(texto inspirado no filme "Garota da Vitrine" que me causa uma impressão muito forte, a cada dia sempre mais .)