quarta-feira, 6 de outubro de 2010

ATO


Ela disse Adeus.

Desceu do salto.

Tirou o figurino.

Esquivou-se do cenário.


Com uma flor na cabeça.

Um som de jazz ao ouvido.

Lembranças de luas iluminadas,

De sinceridades fatais ao juízo.


Na ribalta, vemos a seiva que jazeu.

Um circo expira,

O silêncio se instaura

A vida anseia.


Wanessa Araújo "Papillon"

3 comentários:

  1. Ta tudo combinando muito!Foto e texto! mana poetisa s2

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  2. Muito bom acompanhar a evolução da poetisa.
    Versos seguros e precisos. Nada falta, nada em excesso. A poesia pra ti já virou um ofício, um ato. Parabéns pelo poema!

    Quanto a foto, eu nem falo mais nada...

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  3. levou seus cabelos soltos ao tempo, vestiu luvas de cetim para seduzir o destino e é certo que este prostou-se frente a musa e de joelhos pediu perdão pelas portas erradas, antes da sua, a unica casa ao som de jazz e palco encerado de palavras que lhe cabia. No ato, casaram ela e ele, perderam juizo, mais felizes por isso...

    és poeta, moça musa, precisa mais nada...

    bj

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